Porque sem ele, não teríamos saído da Idade da Pedra. Com amor, respeito e opinião tudo se resolve, tudo evolui...

09
Fev 06

Ainda a propósito do tema Maomé, escrevo aqui umas palavras publicadas no blog "A Bem da Nação", no dia 5 de Fevereiro de 2006, por Henrique Salles da Fonseca.


"Já tive um blog chamado "A convivência cultiva-se; a Fé não se discute" em que se debatia todo este tipo de questões. Tive que o fechar quando uma pessoa de origem judaica vivendo em França (na época em que se discutiu o véu nos liceus) se insurgiu com outra em Portugal não simpatizante de Israel. O azedume cresceu e eu decidi que nem toda a gente é capaz de compreender essa máxima em que fui educado e que deu origem ao nome do dito blog. Depois de muito meditar - e eu sou lento no processo meditativo porque gosto de estudar - cheguei à conclusão de que das três religiões irmãs, o Judaísmo, o Cristianismo e o Islamismo, só as duas primeiras é que tomaram a sério a Revolução Francesa no que ela significou de laicização dos regimes políticos e. portanto, das sociedades "lato sensu". O Islão continua a mandar nas sociedades islâmicas porque estas não se libertaram da tutela dos respectivos Cleros sunita ou xiita, conforme as circunstâncias. Como se sabe, os sunitas seguem o profeta e os xiitas a Ali, seu genro. Das muitas diferenças que os dividem, sucede que os sunitas fazem uma interpretação literal do Corão conforme prescrito por Al Wahab enquanto os xiitas continuam ainda hoje a evoluir na interpretação dos seus textos sagrados. Ao contrário do que dizem os jornais, os sunitas são muito mais perigosos do que os xiitas.E para nós, por maioria geográfica de razão pois Marrocos é sunita e os xiitas localizam-se no Chat-el-Arab, no Irão e daí para nascente até umas quantas (poucas) bolsas asiáticas. E foi curiosa a evolução da Humanidade a partir do séc. XVIII pois cerca de 1780, Emanuel Kant disse em Königsberg, no Mar Báltico, qualquer coisa do género: "O homem só alcança a felicidade pela exploração de novas ideias". Pela mesma época, em 1774, na peninsula da Arábia, aquele Ibn al Wahab disse ao rei Ibn Saud que se queria conservar o poder temporal, tinha que garantir a ele, Wahab, a manutenção do poder espiritual. E esse poder espiritual assentava numa interpretação literal do Corão e na determinação de que a sua era a última interpretação autorizada e quem dissesse algo diferente (mesmo que pela mera tradução do Corão do árabe para outra língua) era automaticamente condenado á morte. Eis como o mundo islâmico parou no tempo e como apagou da História mais de dez séculos de cultura muçulmana de que podemos citar tantos espiritos superiores como Maimónidas e outros de que agora não me lembro. Daqui resultaram dois percursos totalmente diferentes para a civilização europeia, maioritariamente cristã, no sentido do progresso e para a civilização islâmica no sentido do imobilismo o mesmo é dizer, do retrocesso. E quando é que então estas duas civilizações se podem encontrar que não seja em conflito? Eis ao que chegamos. Como sair desta? Com a laicização dos regimes muçulmanos mas o derrube de Saddam Hussein só deu mais força aos Cleros e tudo indica que o próximo leigo a "sanear" seja o da Síria. E Kadhafi até quando aguentará? Lastimo ter que dizer o que se segue mas é o que penso mesmo de verdade: as sociedades islâmicas não estão em condições de viverem em democracia e têm que ter ditadores que metam mais medo aos clérigos do que o medo que estes metem às populações. Eis o que penso disto tudo. Nada de bom se avizinha, claro está."


Henrique Salles de Fonseca



Tudo isto vai de encontro ao que eu disse em relação à caricatura. Resumindo, apenas as ditaduras usam a Bíblia ou o Corão para submeter os povos às suas vontades.


 Para sermos livres devemos começar pelos nosso pensamentos.


 

publicado por Alvaro Faustino às 12:29

Um homem sábio descreveu certa vez em seus conflitos internos.



- Dentro de mim existem dois cachorros: um é bom e dócil, o outro é mau e cruel. Os dois estão sempre brigando.


Quando lhe perguntaram.



- Qual dos dois cachorros ganhará a briga?


O homem sábio parou,


reflectiu e


respondeu:


 


- Aquele que eu alimentar.


got_him.jpg

publicado por Alvaro Faustino às 01:16

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