Tal como todos os anos, neste 1º fim de semana de Setembro, estudo a minha vida ao longo deste último ano e retiro daí as ilações e lições de vida para que o próximo corra sempre melhor que o anterior. Faço este pequeno estudo num local único e sagrado que é Fátima. É neste local que eu, e agora com a minha esposa, fazemos este percurso anual para purificar, pelo menos a mente, pois é ela que nos mantêm sóbrios para a vida.
Mas claro que não passo lá 48 horas. Aproveitamos sempre para realizar umas visitas ao nosso país, tentando sempre escolher coisas novas, pois há sempre algo novo para ver e aprender neste canto à beira mar plantado.
E assim fomos nós, com saída ás 7:30 da matina, para aproveitar o fresco da manhã, com destino à nossa primeira paragem para um pequeno-almoço: Aveiro. Como de costume, Gato Preto, um pequeno café tradicional de Aveiro mesmo juntinho a um parque a a um dos inúmeros canais da nossa "Veneza" Portuguesa. Mais tarde, por volta das 10:00 lá fomos nós para uma visita marcada previamente a um local que nunca tive oportunidade de conhecer ao vivo, apenas de passagem: as salinas. Uma visita à Marinha da Troncalhada , um Ecomuseu ao vivo sobre a produção do sal marinho naquela região.

Entre histórias de marenotos e cagaréus (esta dos cagaréus é demais) passando pelas origens desta arte, de como se formou a Ria de Aveiro e acabando com truques e técnicas para extrair o sal, lá fomos nós dar uma volta a pé pelas salinas e posso-vos dizer que é bastante agradável dar por lá uma volta. Mas adiante, pois a manhã já ia a acabar e ainda nos faltava muito para andar.

Com passagem pela Serra da Boa Viagem, onde infelizmente não tive oportunidade de ver as maravilhosas paisagens devido ao nevoeiro, lá seguimos com destino a Buarcos, onde almoçamos e demos uma voltinha pelas praias.
Já a meio da tarde, chegámos a uma terra mudada: Marinha Grande. Terra de uma outra arte antiga: o vidro. E pois claro, mais uma visita. Desta vez ao Museu do Vidro, local onde se encontra o maior copo de vinho do Porto com uma capacidade para 160 litros desse precioso vinho português e onde igualmente tinha outras curiosidades, tais como:

uns bons pares de olhos

as famosas e antigas garrafas de larangina c

e a arte e o saber ao vivo a trabalhar o vidro como se fosse a coisa mais fácil do mundo.
E com todas estas voltas e paragens, chegamos a Fátima, onde passei a noite e nos estivemos a interiorizar mentalmente.

De manhã era outro dia e levei a minha cara metade de comboio turístico, aos Valinhos onde ela nunca tinha ido e que não conseguiu ver tudo, pois até eu já me tinha esquecido como aquele local ainda tem que ver. A fome apertava e lá fomos nós ao almoço no hotel onde ficamos, saindo de seguida para Coimbra.

Onde visitamos o local de ensino universitário mais antigo do mundo: Universidade de Coimbra.

E aonde fiz o mais recente amigo de 2 patas.

O bicho não nos largava. Se calhar devia pensar que eu era alguma espiga de milho ou assim. Deve ser da minha altura (os conhecedores sabem de que falo). E pronto, o fim da tarde já se aproximava e ainda nos faltava uma tradição de há muitos anos. O leitão da Mealhada. Com paragem no restaurante O Sancho, como de costume e um lanche para aguentar o resto da viagem de volta com esta imagem a acompanhar-nos do lado esquerdo.

Por isso estive caladinho este fim de semana. Boa semana de trabalho para todos.