Olá, olá, olá. Mais uma semana que se passou, ao inicio muito normal e para o fim a começar a ficar pior por um lado e melhor por outro. O que isto quer dizer? Passo a explicar.
Sexta-feira, depois de mais um dia de trabalho, chegado a casa tive a noticia de que os meus serviços de condutor iriam ser necessários, durante algum tempo, para prestar serviço para uma das maiores fábricas de embalamento. Era necessário alguns condutores para levar o pessoal que saía ás 23:00 a casa, pois nesse dia, a fábrica pediu muito pessoal extra. É que já está a arrancar a época alta e vai começar o vai-vém de carrinhas da empresa para lá. Em plena época alta, chegam a estar mais de 30 carrinhas, fora os que vão por meios próprios. Mas enfim, lá fiz o serviço extra. Só que como cheguei a casa quase á uma da manhã, não tive tempo de fazer uma coisa que gosto muito: dormir. E ás seis da matina, tinha que estar a sair de casa para apanhar o pessoal que trabalha comigo para irmos para o emprego. Entretanto, durante tudo isto, disseram-me que no Domingo, também iria ser necessário para fazer o serviço do Sparta. O que é muito bom, pois trabalha-se mais umas três horitas extra. Como vêem, só boas noticias. Mas também tive uma má, que me deixou muito, muito triste e que colocou em segundo plano todas as outras que tinha tido. Sexta, por volta da hora de jantar, telefonou-me o meu pai a dizer que tinha sido despedido. Mais um para aumentar os números do desemprego em Portugal. Agora, com mais de 50 anos será muito dificil encontrar um trabalho . Como dizem, muito velho para trabalhar e muito novo para a reforma. Mas o mais engraçado é que a empresa, como mudou para novas instalações, está a precisar de pessoas. Não dá para entender como é numa Europa, supostamente unida, pode haver tanta discrepância em relação a trabalhos. Enquanto aqui há trabalho a mais, em Portugal nada. Mas enfim, o meu pai nunca foi de baixar os braços e garanto que irá procurar qualquer coisa para ele. O tempo assim o dirá.
Aproveito para agradecer as visitas que me fazem e pelo que vi estes dias num comentário, este blog já se tornou internacional, pois já tive um comentário vindo da Brasil. Como é espectacular este meio de comunicação. E aproveito igualmente para anunciar o nascimento de um novo blog de uma pessoa que vive comigo. Não, não é a minha esposa. É a esposa de Hugorider. Aqui fica a morada, embora esteja nos links: helivera.blogs.sapo.pt. Ando a espalhar o bichinho dos blogs pela Holanda.
publicado por Alvaro Faustino às 20:34
Ontem não escrevi nada neste nosso espaço porque fui passear. Aproveitamos o sol e o tempo primaveril para fazer-nos uma pequena aventura pelo Sul da Holanda.
Saímos de Roterdão por volta das 13 horas e fomos em direcção a Sul pela A29. O local é especial, pois tratam-se de cerca de 3 ilhas onde o acesso é feito através dos diques e o que se chama aqui de "sluis", ou seja comportas. Mesmo tratamdo-se de diques, o acesso é realizado por estrada. Torna-se uma experiência estranha, pois circula-se através das construções que protegem cerca de 70% do território holandês das águas do Mar do Norte.
Primeira paragem uma localidade chamada: Oostflakkee. E o que há de curioso nesta aldeia, perguntam vocês? A velocidade máxima de circulação é de 15 km/h. Sim 15 km/h. Uma velocidade estonteante, onde uma pessoa a pé, em passo de corrida, consegue ultrapassar o automóvel. Fiquei na dúvida se uma pessoa for a correr se será multada por excesso de velocidade. A aldeia é tipica da Holanda, com as suas casas de construção gémeas e com pequenos jardins e adornos exteriores a tornarem as vistas mais agradáveis. Muito engraçado.
Segunda paragem: não faço a minima ideia, pois a caminho do local adormeci na traseira da carrinha. Mas penso que fomos a Zierikzee, visitar o pequeno porto, onde se viu os barcos de recreio, iates e alguns veleiros. Mas não posso dizer a certeza, porque o Pestana fez-me uma visita.
Terceiro, desta vez acordado, paramos num local onde existe tipo uma praia, praticamente a meio de um dos diques, onde se fazia windsurf e uma novidade neste tipo de desporto radical: o Katesurf, ou algo parecido. É aquele desporto onde uma pessoa tem uma prancha enfiada nos pés e é arrastada por uma coisa tipo parapente em miniatura. Quem for entendido nestas coisas, percebe. Quem não for, fica como eu. Mas este novo desporto é extraordináriamente ventoso. Mas o vento torna o desporto mais espectacular, pois permite realizar uns saltos bem altos e distantes, com tempo suficiente para se fazer umas piruetas e mortais duplos e essas coisas todas.
E assim foi. De regresso passamos por um local que é tipo uma reserva natural, onde existem cavalos, búfalos e outros animais em plena liberdade. Aliás, como quase todos por estes lados. Chegados a casa, foi só tempo de fazer o jantar, comer, tomar o cafézinho e preparar para a cama, pois a Segunda era a seguir e o descanso é necessário. Tanto é assim, que eu adormeci na carrinha e não vi os barquinhos. A má noticia é que não temos fotos para mostrar, pois na viagem que os nossos companheiros de casa e primos fizeram a Portugal aconteceram coisas de deixar os cabelos em pé. Mas para saberem, visitem o blog de Hugorider, que ele tem tudo lá escrito e assim não preciso de escrever tudo outra vez.
Uma última coisa. Sei que não tenho comentado em todos os blogs amigos com a frequência devida, mas aqui o tempo é caprichoso. E o computador lento. Mas visito e leio com bastante frequência, acreditem.
Uma boa semana para todos.
publicado por Alvaro Faustino às 18:51
sinto-me: viajando
Pelas noticias que me chegam de Portugal, vejo que o assunto do novo aeroporto da Ota voltou à ribalta, com o anúncio do local definitivo do local e a abertura do concurso para a sua construção. E mais uma vez, torna-se a falar na sua necessidade e se o local é realmente o mais aconselhado. Pois para mim não o é. Já o disse aqui que acho que o aeroporto de Lisboa não tem capacidade para receber mais voos, mas a OTA, em definitivo para mim, não é a melhor opção. Sempre disse que a base aérea do Montijo era a mais bem colocada para receber o novo aeroporto e para justificar a minha opção, encontrei no blog do sapo referente à OTA, um artigo de um arquitecto, que tal como eu, é defensor da opção Montijo.
" A insustentável leveza da Ota
Com uma discrição absolutamente inusitada, foi agora lançado o concurso para elaboração do projecto do Novo Aeroporto de Lisboa (NAL). Passado mais de um ano sobre a tomada de decisão sobre localização do NAL, é altura de olhar para trás e procurar entender como é que foi possível que esta opção recaísse sobre a Ota, tendo contra ela a maioria dos estudos técnicos (que poucas pessoas leram) e a generalidade dos especialistas e operadores.
Nos últimos quinze anos foram elaborados dois estudos comparativos de diferentes localizações para NAL: um de 1994 da responsabilidade da ANA - Aeroportos e Navegação Aérea S.A., a pedido do Ministério das Obras Públicas; e um segundo em 1999, produzido pelo consórcio Aéroports de Paris / Profabril, para a NAER - Novo Aeroporto S.A. O estudo de 2005, apresentado como o documento definitivo, é apenas um Estudo Preliminar de Impacto Ambiental (EPIA).
O estudo de 1994 comparava quatro alternativas possíveis: Montijo A (orientação das pistas Norte/Sul), Montijo B (orientação das pistas Este/Oeste), Rio Frio e Ota. Na conclusão, as opções foram assim hierarquizadas: Montijo B, Montijo A, Rio Frio e por último a Ota, considerada simultaneamente a mais cara e a pior das localizações. Apesar da orientação do Governo no sentido da "transparência e divulgação pública", este estudo não figura no rol de 26 documentos disponíveis para consulta no site da NAER. A posterior decisão de avançar com a rede ferroviária de alta velocidade (AV) e a terceira travessia do Tejo (TTT), entre Chelas e o Barreiro veio reforçar drasticamente as vantagens das localizações na margem sul do Tejo, em particular a opção do Montijo.
O estudo posterior, apresentado em 1999, comparava outras quatro alternativas: a SuperPortela (considerando a construção de uma nova pista paralela à existente), Rio Frio 17-35 (orientação das pistas Norte/Sul), Rio Frio 08-26 (orientação das pistas Este/Oeste) e Ota, não apresentando qualquer explicação para o facto de não ter sido considerada a localização mais bem classificada no estudo produzido apenas 5 anos antes.
Estas quatro opções foram classificadas, numa escala de 0 a 1000, à luz de diferentes critérios (operação aérea, acessibilidade terrestre, ambiente, custos de investimento, custo de exploração, etc.). As duas soluções para o Rio Frio obtiveram 728 pontos (E/O) e 675 pontos (N/S), tendo a Ota obtido a pior classificação (616 pontos), à semelhança do que tinha sucedido no estudo de 1994. A SuperPortela não chegou a ser valorizada por ter sido considerada um projecto com um impacto ambiental desmedido.
Entre 1999 e 2005 foram produzidos vários estudos (geológicos, geotécnicos, hidrológicos, movimentos de aves, caracterização da flora, etc.) para além do próprio "Plano Director de Referência de Desenvolvimento Conceptual do Aeroporto". No entanto, todos estes documentos usaram, como premissa, a localização do NAL na Ota, apesar de esta ter sido, até então, sempre considerada a pior opção. Se outros estudos foram feitos, não foram divulgados.
Em 2005, são elaborados os EPIA para as localizações do NAL na Ota e em Rio Frio. Apesar de apresentada como a melhor localização, a lista de problemas associados à opção do NAL na Ota não deixa de impressionar:
- desafectação de 517 hectares de Reserva Ecológica Nacional (REN);
- destruição do coberto vegetal, incluindo o abate de cerca de 5000 sobreiros;
- movimentação de 50 milhões de m3 de terra (equivalente a cobrir o concelho de Lisboa com uma camada de 60 cm);
- desvio e "encanamento" da Ribeira do Alvarinho, com uma bacia de 1000 hectares a montante do aeroporto;
- destruição do Paúl da Ota e impermeabilização de uma enorme zona húmida que regularmente alaga durante o Inverno;
- necessidade de expropriar 1270 hectares.
Pelo facto de se tratar de um estudo de impacto ambiental, algumas questões determinantes para a localização de um aeroporto (operações aéreas, acessibilidades, impacto na economia) foram tratadas de um modo superficial, ou não foram sequer afloradas. Por essa razão vários problemas da localização na Ota não foram devidamente valorizados ou sequer identificados:
- aumento dos riscos operacionais das operações aéreas, decorrente da re-orientação das pistas a nor-nordeste, com a consequente existência de ventos laterais (os ventos dominantes são nor-noroeste);
- coincidência do enfiamento de uma das suas pistas com o parque de Aveiras da Companhia Logística de Combustíveis, com o risco de uma enorme catástrofe ecológica e económica em caso de acidente;
- continuação do sobrevoo a baixa altitude de áreas densamente povoadas da Área Metropolitana de Lisboa (AML);
- aumento da distância do aeroporto ao centro de Lisboa para 46 Km (pela actual A1, actualmente já muito congestionada), ou 56 Km (pela A10/A9/A8);
- aumento da distância média ponderada do aeroporto aos concelhos da AML para 56 Km por via rodoviária, e para 54 Km por via ferroviária;
- impossibilidade de incluir um serviço eficaz de shuttle através da actual Linha do Norte, que se encontra completamente saturada.
- deslocação de um grande número de pessoas afectas ao funcionamento do aeroporto e às actividades complementares;
- enorme aumento da pressão urbanística sobre a zona envolvente, pela necessidade de construir edifícios de serviços que complementem a actividade aeroportuária e para albergar os respectivos trabalhadores e os funcionários do aeroporto;
- quebra acentuada no "turismo de fim-de-semana" com consequências em várias actividades do sector (congressos, hotelaria, etc...);
Os problemas do erro da escolha da Ota já estão patentes no documento "Orientações Estratégicas - Sector Ferroviário", apresentado pelo Ministro das Obras Públicas:
- os 30 km iniciais da linha de AV para o Porto atravessarão um canal profundamente urbanizado e muito acidentado cuja realização custará aproximadamente mil milhões de euros (um custo equivalente à TTT ou um terço do NAL);
- o percurso do TGV até Leiria terá de atravessar uma zona de tal modo acidentada que impossibilitará a utilização de comboios de mercadorias (um aeroporto a sul de Lisboa permitiria usar a margem esquerda do Tejo, muito mais plana e menos urbanizada e rentabilizar o investimento da TTT);
- um passageiro que saia de Lisboa utilizando um combóio de AV terá percorrer 45 km (distância que será gasta a arrancar e a travar a composição) e fazer um transbordo para percorrer os dois km entre a estação e a aerogare;
- será provocada uma concorrência lesiva ao aeroporto Sá Carneiro, acabando com os voos triangulares;
- será inviável a pretensão de conquistar, para o NAL, o mercado da Extremadura espanhola;
- será impossível articular o NAL, sob o ponto de vista logístico, com o Porto de Sines.
A alternativa de localização do NAL na actual Base Aérea n.º 6 do Montijo apresenta vantagens que justificariam, pelo menos, um estudo definitivo para comparação com as opção da Ota e de Rio Frio:
- permite a instalação de duas pistas paralelas de 3600 metros de comprimento (um layout semelhante ao proposto para a Ota), sem expropriações, utilizando a superfície da base aérea actual, à qual teriam apenas de ser acrescentadas plataformas para os extremos das pistas;
- essa orientação seria igual à da pista 18-36 da Portela, ideal sob o ponto de vista dos ventos dominantes;
- as rotas de aproximação e descolagem seriam compatíveis com a configuração da Ponte Vasco da Gama (conforme as normas do ICAO) e com a área restrita D10 do Campo de Tiro de Alcochete;
- os seus terrenos são praticamente planos, não têm cursos de água e estão incultos, resultando num reduzido impacto ambiental sobre o local;
- as infra-estruturas rodoviárias existentes (ou com execução prevista) colocariam o NAL a 12 Km do centro de Lisboa pela TTT, possuindo duas alternativas: a Ponte Vasco da Gama (24 km) e a Ponte 25 de Abril (40 Km), colocando o NAL a 32 Km de distância média ponderada aos concelhos da AML;
- o aproveitamento das infra-estruturas ferroviárias existentes (ou com execução prevista) permitiria integrar o aeroporto num anel abrangendo as duas margens do Tejo, colocando o NAL a 25 Km de distância média ponderada aos concelhos da AML;
- permitiria uma perfeita integração da rede do nacional do TGV com o aeroporto, pois a distância de 13 Km à Gare do Oriente transformaria a sua estação num novo centro direccional;
- reduziria o custo da construção da rede de TGV a construir, quer por uma questão de redução da extensão da linha para o Porto, quer pela oportunidade de desenvolver uma parte substancial do seu percurso na margem sul do Tejo, menos acidentada e menos povoada;
- a população afectada pelo ruído do sobrevoo das aeronaves seria sempre em número inferior à opção da Ota, independentemente do sentido de utilização das pistas e do volume de tráfego;
- a localização junto ao rio permitiria a construção de uma estação fluvial com ligações para Lisboa, fundamental para os períodos de congestionamento de trânsito;
- a sua localização numa península permitiria mais facilmente o controlo da pressão urbanística e aumentar a segurança do aeroporto;
- a chegada de avião a Lisboa em pleno estuário de Tejo seria um notável cartão de visita para o turismo da capital;
- a construção e existência de um equipamento com esta importância próximo de áreas urbanas deprimidas, permitiria usar o aeroporto como estímulo de reconversão e de desenvolvimento, abrindo a possibilidade de Lisboa passar a ser verdadeiramente uma cidade de duas margens.
Claro que a opção do NAL no Montijo apresenta também problemas com alguma relevância, nomeadamente:
- realojamento" da Base Aérea n.º 6 (mas mais económica que as expropriações e a modelação dos terrenos da Ota);
- impacto ambiental decorrente do sobrevoo do Estuário do Tejo (o que também acontecerá na Ota, ainda que com menos intensidade);
- desafectação de uma área da Zona de Protecção Especial do Estuário do Tejo, integrada na Rede Natura 2000 (mas muito inferior à área de REN necessária destruir no caso da Ota);
- existência de problemas relacionados com as aves (no entanto, o histórico de "incidentes" indicia um risco, para o Montijo, inferior ou equivalente ao da Ota);
- impossibilidade de recorrer a financiamento comunitário para o projecto (no entanto, o sobre custo global da solução na Ota, por comparação com o Montijo, será sempre muito superior ao montante da comparticipação Europeia);
- impossibilidade de expansão do aeroporto, por não existir hipótese de aumentar o número de pistas, como acontece na Ota. No entanto, se se verificar que dentro de 40 anos é necessário construir um novo aeroporto, será possível manter o Montijo como segundo aeroporto junto do centro da cidade, algo inviável no caso da Ota.
Por todas estas razões, é inevitável ficar com a sensação de que o desafio lançado pelo Primeiro Ministro aquando da apresentação da decisão definitiva - "Quem critica a Ota deve apresentar alternativas e estudos" - foi apenas uma questão de retórica. As alternativas e os estudos estão há muito na posse do Governo e a decisão política tomada foi contra todos esses mesmos estudos, valorizando a opção que, sobretudo, beneficiará todos aqueles que nos últimos anos compraram terrenos, classificados como REN, e que agora serão fundamentais para a gigantesca operação urbanística que se adivinha à volta do novo aeroporto."
Luís Gonçalves, arqº
luisg@artetectonica.pt
Aqui estão as razões pelas quais me guio para apoiar a opção Montijo, ditas por uma pessoa que conhece o projecto e o sabe explicar, pois é o seu trabalho. Assim torna-se dificil compreender porque razão o Governo teima em querer que o aeroporto se construa na Ota, a não ser que comecemos a entrar pelos caminhos de conspirações e compradios em relação a terrenos e construções de infra-estruturas directas e indirectas, relacionadas com o aeroporto. Julgo, pelo andar das coisas, que tornaremos a tocar neste assunto novamente.
Deixo-vos com votos de uma boa semana e até à próxima.
publicado por Alvaro Faustino às 14:14
Foi assim que vi hoje os (tradução) Bombeiros. Devido a um incêndio numa habitação, perto de Narcissenstrat, os bombeiros e policia tiveram de actuar para salvar pessoas e minorar estragos em bens. Foi um gosto ver os bombeiros a actuar neste país. Completamente diferente de Portugal, não pela bravura, pois os nossos serão tanto ou mais bravos que os de cá, mas pelo equipamento de que dispõem para intervir nestes casos. Carros bem equipados será dizer pouco, equipamento de protecção individual, os chamados EPI's, capazes de resistir a altas temperaturas. Enfim, do bom e do melhor.
Agoro tenho de criticar os nossos governos.
Porquê os nossos bombeiros não estão bem equipados para combater os fogos, sejam eles florestais ou domésticos? Falta de dinheiro com certeza não será, pois andam a querer construir aeroportos e comboios de alta velocidade no nosso país. O que levará a dizer que os Governos são coniventes com os incendiários, pois assim terão menos despesas com as indemnizações a dar com as construções de semelhantes empreendimentos. Vá lá, talvez esteja a exagerar um pouco, mas todos os anos é a mesma coisa. Estou a falar nisto porque estamos a chegar à Primavera e a essa época fatídica para os nossos bombeiros que, mais uma vez, terão que combater os incêndios com carros sem equipamento e sem grande capacidade de água, fatos pesados e quentes que pouca ou nenhuma protecção oferecem contra o calor e as chamas, poucos ou nenhuns acessos ás zonas mais perigosas, enfim, melhor do que eu, só eles poderão dizer aquilo que mais falta faz.
VIVA OS BOMBEIROS.
De todo o mundo. Pois o mundo sem eles, há muito que era cinzento. E vamos apoiá-los durante todo o ano, não pode ser só quando precisamos deles. É que geralmente só nos lembra-mos de St. Barbara quando troveja.
E assim deixo aqui o meu tributo.
publicado por Alvaro Faustino às 19:17
sinto-me: ti-no-ni ti-no-ni
Olá amigos, mais uma semana que passou, outra que virá para se passar. Mas esta semana tenho uma coisa para contar, uma coisa que aqui se passou e que me deixou contente. Vinha eu na auto-estrada , quando de repente vejo ao longe umas palavras que me chamaram a atenção: FLOR DA HOLANDA.
É verdade, vi um camião português por estas paragens. Embora eu fosse numa carrinha holandesa, ao passar por ele foi uma festa em plena auto-estrada e ele com certeza que se apercebeu que éramos portugueses. Mas infelizmente não tivemos oportunidade de falarmos porque eu segui para R'dam e ele tomou o rumo em direcção ao Beneluxtunnel , muito provavelmente em direcção à fronteira belga, já que é um dos caminhos possíveis .
Lá vínhamos a falar do sucedido, quando parado nuns dos muitos semáforos da cidade, parou ao meu lado, um carro de uma empresa que desconheço. Mais uma surpresa: ERA PORTUGUÊS. Queria informações da empresa onde trabalho, pois não deveria estar muito contente, mas aparte disso, trocamos números para prevenir o futuro.
No meio disto tudo fiquei a saber uma coisa que me deixa feliz:
EM QUALQUER PARTE DO MUNDO SE ENCONTRA PORTUGUESES.
Fomos e continuamos a ser um povo descobridor.
publicado por Alvaro Faustino às 18:13
sinto-me: descobridor
É um sentimento tipicamente português, o qual hoje, estou a senti-lo mais profundamente. Não sei bem o porquê. Talvez seja porque o casal com quem estamos a partilhar a casa vá brevemente a Portugal para passar a Páscoa. Desde que aqui cheguei que me sinto bem, tal como se estivesse em Portugal, mas hoje deu-me aquele sentimento pelo qual o fado se rege.
A Saudade.
Não sei se o eclipse de ontem à noite, aliado ao tempo nublado e triste de hoje, mais a ida a Portugal destes nossos amigos, tenha a ver com o caso. Mas o que é certo é que hoje a saudade não perdoou. Tenho que arranjar maneira de inverter a situação. Vamos lá dar umas voltas pela internet para ver quem encontro para que possa falar e saber das novidades. É que até no hotmail está tudo offline. Terá sido do eclipse? Ou o tempo em Portugal também tem estado triste e nublado?
Alguém?...
publicado por Alvaro Faustino às 16:44
sinto-me: ..............................