Hoje comemora-se o Dia da Rainha, aqui na Holanda. Uma data que deverá ser festiva e não o contrário.

Mas mesmo assim, ainda há gente que só quer estragar a vida de pessoas inocentes.

(Atenção, algumas imagens poderão ser consideradas chocantes)

4 mortos e 14 feridos é o balanço deste atentado ou acidente, na localidade de Apeldoorn, sensivelmente a 100 km de Amesterdão, onde a Família Real Holandesa participava nas festividades daquela localidade. Seja de que maneira for, morreram e feriram-se pessoas neste dia que deveria ser de festa.

Graças a este animal, esta semana andei com as orelhas bem quentes, tal era o falatório do cão de água português, que a família Obama arranjou, para representar os canídeos na Casa Branca Americana. Não se falou de outra coisa nas rádios e televisões holandesas acerca deste assunto, muitas vezes com algumas piadas e ciúmes. Muitos ciúmes, não por ser esta raça em particular, mas apenas por referirem o português da raça do bicho. Poderia ser cão de água de outro país qualquer, até de outro planeta, que muito provavelmente, não se falaria da mesma maneira. Bastou existir a palavra português na raça do animal e tudo veio abaixo. Chegaram-me até a perguntar como fomos nós arranjar um cão português. Respondi-lhes e até acrescentei os nossos equídeos Lusitanos, só para lhes meter mais ciúmes. A nossa história é riquíssima e vasta. A deles também é, mas para minha sorte, eles conhecem pouco a história e cultura do seu próprio país.

Só um pequeno aparte: o cão até pode ser de água português, mas foi nascido e criado no Texas.

Afinal tinha tirado umas fotos do hotel onde estamos hospedados. Para mim esta é a verdadeira qualidade deste pequeno hotel familiar: estar em pleno Groene Haart, ou seja, a verdadeira Holanda.

Em pleno delta do Reno e do Mossa. Este braço de rio pertence ao baixo Reno. Mais á frente torna-se a dividir. Um para Roterdão, o outro em direcção a Amesterdão. Isto é muito perto da fronteira com a Alemanha, junto de uma cidade chamada Nijmegen, onde se deu uma grande e importante batalha na Segunda Guerra Mundial, aquando da reconquista da Holanda pelos aliados, após a invasão da Normandia, a caminho de Berlim.

Andei eu longe de casa em trabalho, sem muita ligação com o exterior, uma vez que não tenho tempo para ver televisão. Acordamos por volta das 5:30, pequeno almoço ás 6:00. Saímos do hotel por volta das 6:30 para começar ás 7:00. Depois disto só acabámos ás 19:00. São 12 horas de trabalho sempre a bombar, muitas vezes no sentido literal da palavra. A caminho do hotel outra vez, tomar banhoca, comer uns aperitivos, umas cervejas (afinal é o patrão que paga) e esperar pelo jantar. A bela e requintada gastronomia holandesa. Saudades dos nossos pratos tradicionais, das nossas sopas, carnes e peixes. A gastronomia holandesa ainda está a anos luz de distância da nossa cozinha. Não há pratos de arroz ou massa, apenas batata. Muita batata frita. Aos palitos, aos cubos, ás rodelas, sejam como forem serão sempre fritas. Apenas um reparo: as saladas são óptimas e bem preparadas.

As sopas nem se fala. Sem recheio quase nenhum. Muita água, muito sabor, mas sem nada para trincar. O bem que sabe estar em casa no fim de semana, a tirar a barriga de misérias.

Aparte disto tudo, a notícia que mais salta em destaque é sobre o sismo em Itália. Nada podemos fazer contra a Natureza. Ela é implacável e ataca sem aviso, sem pistas do local e dos visados. Todos estamos sujeitos a ela e não há nada que possamos fazer.

Fora tudo isto sobre tragédias e trabalho, apenas quero desejar a todos uma

Páscoa Feliz

na companhia de quem mais amam.

Cuidado com as amendoas e doçarias, olhem a linha. O Verão vem a caminho.

Alguém me explique se isto é uma imagem de um cenário de manifestação ou de um cenário de guerra. É que por esta altura, ainda não consegui compreender.

A foto em questão foi tirada em Estrasburgo, durante a cimeira da NATO. E como de costume, sempre que há uns encontros destes, há sempre grupos de pessoas que gostam de manifestar o seu descontentamento em relação a algo. Um grupo desses manifestantes que é contra a NATO, usou este pretexto para praticamente incendiar a cidade. E o resultado foi que sofreram pessoas que nada tem a ver com a cimeira.

Hoje em dia tudo é um pretexto para a violência gratuita e sem destino. Apenas usam estas situações para dar largas à anarquia e ao desrespeito pelo próximo e pela liberdade. A liberdade de expressão existe, mas isto ultrapassa em muito essa liberdade.

Deixo aqui a suspeita que até poderá ferir alguns grupos de pessoas, mas destes manifestantes incendiários e anarquistas, quantos serão europeus verdadeiros? É que da última vez que se viu imagens destas na França, muitos dos causadores eram emigrantes ou filhos de emigrantes de países árabes e do norte de África. Geralmente os grupos mais radicais e extremistas são desta proveniência.

Nada tenho contra árabes ou muçulmanos, excepto sobre estes extremistas de meia tigela que para aqui vêem minar o estilo de vida europeu. Não foi assim que os Estados Unidos tiveram o seu pretexto para iniciar uma guerra, não se sabe bem contra quem? Por este andar, terão mais nações a usar esta desculpa para andar por aí a invadir a liberdade de cada um. 

Também sou contra as guerras, mas não uso a minha oposição para andar por aí a fazer guerrilhas de rua contra forças policiais ou chefes de estado. Façam ou não bem o seu papel, são eles que me permitem ter uma vida razoável, em paz e liberdade.