Porque sem ele, não teríamos saído da Idade da Pedra. Com amor, respeito e opinião tudo se resolve, tudo evolui...

20
Mai 13

 

Uma Burqa Por Amor de Reyes Monforte, conta-nos a história real de Maria, uma espanhola a viver em Londres e que casa por amor louco com um afegão. O decorrer da vida leva-a ao Afeganistão por três vezes onde tem os dois filhos, num país sem sistema de saúde e onde a mulher não pode recorrer aos médicos, nem sequer praticar a medicina ou a enfermagem. Uma história verídica onde a mim me mostra que as decisões tomadas com o coração nem sempre são as melhores. Embora não tenha sofrido directamente com o regime talibã na altura, excepto a aceitação das leis e da burqa, conheceu a sogra e uma vida miserável na aldeia do marido. Pior que os talibãs, talvez mesmo uma sogra que nunca a aceitou totalmente e de tudo fez para lhe dificultar a vida e a dos filhos.

Não sairia do país sem a companhia do seu marido e nem o podiam fazer mesmo que o quisessem pois numa das viagens ao país foram-lhes roubados os passaportes e o dinheiro na fronteira com o Paquistão, impedindo assim Maria de voltar a Espanha. Passou assim dois anos presa no país, ás mãos de uma sogra cruel, sem dinheiro e documentos, na miséria e trabalhos pesados. Passou pela guerra na aldeia e pelo regime apertado dos talibã em Cabul, onde conseguiu a muito custo e com a ajuda de uma irmã e de um polícia espanhol na Embaixada os tão desejados documentos para ela e para os filhos... apenas para eles, tendo de deixar o marido para trás por ser afegão. O seu regresso a Palma de Maiorca apenas durou dois meses, regressando de novo ao Afeganistão com os dois filhos para estar ao pé do seu marido de quem não conseguia estar separada e para o tentar ajudar, mas as dificuldades voltaram e depois de um ano de novo nesta vida miserável,de novo sem dinheiro para voltar e grávida do terceiro filho, não conseguia ajudar o seu marido e então, com a ajuda de uma ONG e de um empresário de Palma, conseguiu de novo regressar a Espanha onde acabou por abortar aos 5 meses de gestação devido a complicações e uma grave infecção. Mais tarde e com a mesma ajuda da ONG, reencontrou o seu marido em Espanha.

 

Todas as decisões tomadas por Maria foram tomadas com o coração, o que a levou por três vezes a cometer o mesmo erro. Sim, o amor é importante e deve ser tomado em conta numa relação, mas o nosso bem-estar e principalmente dos nossos filhos também devem entrar na ponderação das nossas decisões. Sim, erros cometem-se e desculpam-se, mas a insistência no mesmo erro, com prejuízo para a nossa saúde e vida e também pelo dos outros que sem culpa, sofrem também com as nossas decisões, tornam-nos provavelmente loucos e sem discernimento.

Amar é importante, mas viver também.

 

E assim, acabo mais um livro, do qual retiro uma importante lição. As decisões devem ser ponderadas entrea razão e o coração, não apenas para o nosso bem, mas também pelos que nos rodeiam. Este é o verdadeiro sacrifício do amar.

 

A todos, boas leituras.

publicado por Alvaro Faustino às 11:40

Maio 2013
Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab

1
2
3
4

5
6
7
8
9
10
11

13
14
15
16
17
18

19
21
22
23
24
25

27
28
29
30
31


Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

subscrever feeds
mais sobre mim
pesquisar
 
comentários recentes
Ola preciso de trabalho para a mulher se souberem ...
eu preciso trabalho se houver eu arrisco,,melhor q...
Boa tardeGostaria de tentar a minha sorte por lá t...
tem trabalho para mim moro no luxembourg mas gosta...
Ola alguém me pode ajudar a ter trabalho para ai p...
Que bom para si Ana. Pena não ter reparado na data...
Eu estou na holanda .Não trabalho porque não quero...
procuro trabalho na Holanda em estufas de flores p...
Gostaria de trabalhar em estufas na Holanda poi em...
quala é a empresa?
blogs SAPO