Ninguém sabe dizer o que nos reserva o futuro. Esta semana andei a pensar nisso. Que será de mim, o que estarei a fazer, como me sentirei, como serei. Será mesmo isto que quero? Não sei. Neste momento ando com algumas dúvidas em relação a isso. Por isso mesmo mentalizei-me que a escola é uma porta que se abrirá quando acabar. Outras oportunidades estarão ao alcance, pelo menos assim espero.
Também me mentalizei que não adiantará pensar muito nisso. Se faço planos para o futuro? Claro que sim, tal como a maioria de nós. Mas também me limito viver um dia de cada vez. Evidentemente que luto para alcançar os meus objectivos, mas faço-o na base de um dia de cada vez, sem querer prejudicar ninguém ou fazer inimigos.
Sou assim, não há nada que possa fazer. Sim poderia mudar, mas será que isso me faria sentir melhor? Até hoje tenho feito assim e tem dado resultado, será assim tão importante mudar de atitude?
Temos trabalho, temos casa, temos poupança, sentimo-nos cansados mas realizados. Não vale a pena mudar isso, pelo menos enquanto não se acabar a escola.
Tudo isto vem de uma conversa que me fez um clique.
Falávamos com uma pessoa através do messenger acerca das línguas que falava e de conhecimentos que tinha. Disse que falava cinco línguas e considero-me uma pessoa culta.
- O que andas então a fazer a colocar "barracos" (referindo-se ás estufas) abaixo? - disse essa pessoa.
E mesmo esta semana, um colega de trabalho me fez a mesma pergunta quando se apercebeu que falava holandês para o chefe, inglês para um colega polaco e espanhol para um colega que me tinha telefonado. Outro clique se fez.
Coincidência ou não, esta era a segunda vez que me faziam a mesma pergunta nesta semana.
Que se acabe a escola rapidamente para ver que portas se abrirão. O clique está dado e a pergunta lançada:
- Que raio ando eu a fazer a colocar estufas abaixo?