Mais uma estreia de autor e que fantástica obra de um dos maiores astrónomos do séc. XX. Carl Sagan delicia-nos com uma obra sobre a nossa própria inteligência. Desde os primórdios do Homem, passando pelo presente e por algumas das doenças mentais até nos levar para um possível futuro e mais, leva-nos igualmente a especular sobre a inteligência extraterrestre.
Quando escolhi este livro, fi-lo pelo nome do autor e quando o acabei de o ler, procurei mais informação sobre o mesmo. Só posso dizer que fiquei ansioso de ler mais umas obras dele, principalmente a obra que deu origem a um dos melhores filmes que alguma vez vi: Contacto. Sem falar de uma série que adorava e que foi igualmente premiada com um Emmy: Cosmos.
Se o filme foi único, o livro terá de ser inesquecível.
Mas voltando aos Dragões do Éden, Carl Sagan aventurou-se numa área que em nada dominava, pelo menos na mesma forma que a astronomia, mas hoje em dia, esta obra é usada em muitas universidades como livro a estudar para quem frequenta a neurologia. Desde o nosso cérebro réptiliano, ao nosso sistema límbico até ao nosso neurocortex. O porquê de dormirmos e sonharmos. A revelação (para mim) dos embriões humanos passarem por uma fase onde se formam uma espécie de guelras no útero materno. A evolução da espécie, a associação de medos ao nosso passado mais animal e mesmo arborícola. E é uma obra tão simples, tão acessível à compreensão.
A obra deixou-me com mais esperança numa evolução inteligente, com a ajuda da tecnologia. Evolução essa que nos levará a um estado de inteligência superior e que eventualmente nos fará viajar por esse "mar" imenso de desconhecido que é o Universo.
Para já, a única coisa que quero fazer é voltar a visionar uma das suas obras-primas, aproveitando assim a restante tarde de Domingo.
A seguinte leitura, já em curso, é Que Cavalos São Aqueles Que Fazem Sombra no Mar, de António Lobo Antunes.